O Prêmio
Virgínia Leone Bicudo (1910-2003), paulistana, filha de uma imigrante italiana branca e de um brasileiro negro, neta de uma escrava alforriada, foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina.
Foi a primeira pessoa a escrever uma tese sobre relações raciais no Brasil, inaugurando, na academia, o debate sobre racismo. Foi também a primeira psicanalista não-médica no País. Tantas credenciais desta psicanalista e socióloga e, no entanto, seu nome, seu protagonismo e sua história se tornaram invisíveis a muitos brasileiros.
Criado para fomentar a escrita e o pensar psicanalítico, este prêmio também faz uma justa homenagem à história dessa grande mulher e precursora da Psicanálise no Brasil.
Eu me interessei muito cedo por esse lado social. Não foi por acaso que procurei psicanálise e sociologia. Veja bem o que fiz: eu fui buscar defesas científicas para o íntimo, o psíquico, para conciliar a pessoa de dentro com a de fora. Fui procurar na sociologia a explicação para questões de status social. E na psicanálise, proteção para a expectativa de rejeição. Essa é a história."
(Virgínia Bicudo, entrevista a Anna Verônica Mautner, 1998)
"
Virgínia Leone Bicudo
Mulher | Negra | Pioneira na Psicanálise do Brasil
Vencedoras do Prêmio em 2019
Parabenizamos as três vencedoras do Prêmio Virgínia Bicudo por seu empenho e dedicação no envio de trabalhos para concorrer. O mais importante desse prêmio é a contribuição que cada participante fez ao enviar seu trabalho, sua obra e escritos valorizando nossa Associação e, mais importante, valorizando o fazer psicanalítico. Esse Prêmio é feito por nós candidatos para nós! Esperamos uma adesão ainda maior nas próximas edições e contamos com a participação de todos!
🔸1º lugar - Cláudia Cristina Antonelli do Grupo de Estudos Psicanalíticos de Campinas
🔸2º lugar - Valéria Rodrigues Silveira da Sociedade Psicanalítica de Pelotas
🔸3º lugar - Luzia de Souza Patusco da Sociedade Psicanalítica do Mato Grosso do Sul