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O trabalho de se tornar analista é um mergulho profundo em si. A formação analítica que nos propomos requer três eixos: análise pessoal, estudo teórico e supervisão clínica. Há ainda um quarto eixo que se dá através da experiência institucional. Esse também é fundamental na constituição da identidade analítica.

 

Acreditamos que a inserção na cultura e o encontro com o diferente são fundamentais na formação do analista, que não deve se limitar em suas certezas se mantendo sempre aberto para aprender com a experiência.

CELEBRAÇÕES DO LANÇAMENTO DA PRIMEIRA REVISTA ABC, IPSO E OCAL

O (Re)encontro


No dia 27 de maio, foi realizado o (RE)ENCONTRANDO CAMINHOS. Primeiro encontro ABC, IPSO e OCAL, na cidade do Rio de Janeiro.  Há algum tempo, as três diretivas têm realizado esforços no sentido de inserir os candidatos brasileiros no panorama latino-americano. Vale ressaltar que somos, numericamente, bem mais significativos dentro do universo dos analistas em formação da américa latina. Como dispositivo de integração, a comunicação ABC, IPSO e OCAL ocorre, simultaneamente, em Português e Espanhol. Assim ocorreu em nosso encontro realizado no Rio.

 

O que permitiu a todas e todos maior sensação de pertencimento. Como analistas em formação sabemos que processos de comunicação costumam requerer esforço. Compreender o outro já é desafiador quando se fala a mesma língua, em idiomas diferente, a complexidade tende a aumentar. No entanto, num ambiente onde cada um pode falar sua própria língua, sem que uma se imponha sobre a outra nem exija a assimetria  da adequação, tudo flui com acolhimento e entendimento. Foi assim no encontro proposto pelas três diretivas.

Compreensão ampla e não restrita à linguagem verbal. Trocas sensoriais, afetivas, sutis a amplificar a qualidade das relações e dos aprendizados. 

O empenho de cada um de nós nas vivências permitiu trilharmos caminhos,  estradas atravessadas por pontes a ligar as fronteiras mais distantes. Os caminhos também nos levaram para dentro de nós mesmos. Ao recordarmos os momentos mais graves da pandemia onde nos virmos tendo que fechar as próprias fronteiras e construir uma forma criativa de continuar vivenciando a psicanálise. Sim! Fazer parte de uma instituição psicanalítica que já sobreviveu a duas guerras mundiais, à morte de seu criador durante a segunda delas, e que segue abrindo novos escapes.

Como foi rico poder escutar nossas e nossos colegas de caminhada. O sentimento de sermos nações amigas, onde circulam pessoas e riquezas sem embargos. A percepção de que saímos preenchido pela nossa experiência em contato com a experiência do outro. A certeza de que podemos aprender muito com os nossos pares, largo intercâmbio de saberes entre analistas em formação.  Ainda mais amplo quando envolve tantos países. O esforço em manter e aprofundar as trocas da ABC com a ISPO e a OCAL é tão relevante quanto necessário para abraçar a diversidade. Que venham encontros futuros onde nos desenvolveremos dentro das diferenças e similaridades que constituem o caminho do se tornar psicanalista.

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