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O Candidato em ação: instituição, clínica e cultura
Porto Alegre - RS
SPPA, SPBPA e SPPel
REGIONAL ABC SUL

No dia 13 de abril de 2019, ocorreu em Porto Alegre o Encontro Regional da Associação Brasileira de Candidatos (ABC).  A Região Sul conta com três Sociedades: a Sociedade Psicanalítica de Porto alegre, que cordialmente sediou o evento; a Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre e a Sociedade Psicanalítica de Pelotas.

Com um clima amistoso e integrador, os representantes da ABC de cada Instituto juntamente com os Presidentes das Associações de Candidatos e a Diretoria da ABC, organizaram as cinco mesas que compuseram o evento, em um belo sábado.

Após uma estimulante abertura, com o apoio e incentivo transmitido aos presentes pelas Diretoras dos Institutos Maria Lucrécia Zavaschi (SPPA) e Ane Marlise Port Rodrigues (SBPdePA), a presidente da ABC, Cecilia Cruvinel coordenou o início de um dia de trabalho repleto de reflexões sobre o desejo de ser analista em sua dimensão singular e, especialmente, como tema do nosso evento, na dimensão promovida pelo grupo: no quarto eixo.

 

A primeira mesa: “IPSO, OCAL e ABC: Movimento dos candidatos em formação” contou com as respectivas representantes para apresentar aos colegas as características, ações e benefícios de cada uma das filiações. Cabe aqui salientar, que a Região Sul conta com quase cem por cento de adesão a estas federadas.

 

Na segunda mesa: “Apresentação dos modelos de formação e características de cada Instituto” tivemos uma conversa fluida sobre nossas diferenças e semelhanças na formação. Foi um momento importante de discussão e troca entre os colegas dos diferentes institutos.

 

Na terceira mesa: “O candidato em ação na clínica” três colegas apresentaram trabalhos intrigantes, trazendo os desafios da Psicanálise na Contemporaneidade. Neste momento, podemos exercitar nossa escuta com os trabalhos das colegas Fabiana Grass e Ana Oliveira. Foi pontuado de forma geral, um duplo vértice: tradição e renovação na escuta analítica da atualidade e suas novas tecnologias.

 

Ainda nesta mesa, a colega Aline Rodrigues Wageck traz um trabalho estimulante sobre a identidade analítica que cada candidato precisa construir em sua formação. Na sua fala, nos convoca a pensar sobre o seguinte questionamento: “Como candidatos, qual nosso papel e nossas atribuições frente às instituições e seus representantes, no que diz respeito à construção da identidade analítica?” salientando ainda a importância da idealização, necessária no começo da formação até a desidealização, compondo a ideia de modelos mais realistas.

 

Na quarta mesa: “A particip-ação no quarto eixo” as colegas dividiram com o grupo de forma leve e afetiva suas experiências. Contaram sobre a abertura sentida em algumas instancias, outras nem tanto. Na necessidade de troca, nos aprendizados inerentes da vida institucional e no quanto isso corrobora para a identidade analítica desenvolvida por de cada um.

A colega Renata Manica trouxe um depoimento emocionante sobre suas vivências institucionais, experiências políticas, parcerias, desafios e entendimentos proporcionados pela sua ativa participação no quarto eixo.  Salientando que os cargos que ocupou foram indispensáveis para a construção de sua identidade analítica sólida e consistente.

 

Além do incentivo da Renata à participação no quarto eixo e seus benefícios, a presidente da ABC, Cecília Cruvinel salienta que a participação se dá em diversos níveis e que devemos estimular os colegas a encontrar a sua melhor forma de estar presente, seja ocupando cargos institucionais, trazendo pensamentos e questionamentos ou até mesmo como bons ouvintes.

 

Já se fazia presente um clima de intimidade e união promovido pela fala espontânea dos colegas quando a próxima convidada, Carolina Freitas comentou que mudaria sua apresentação, deixando de lado o material estruturado que havia preparado para nos trazer um testemunho de uma história de amor, que teve origem na união de seus pais até os dias de hoje, em sua paixão pela Psicanálise.

 

Na quinta e última mesa: “O candidato inserido na cultura” tivemos a oportunidade de escutar a experiência de três colegas que trouxeram relatos emocionantes de trabalhos que promoveram nossa escuta analítica para além da clínica. Estes projetos sociais são desafiadores, inquietam e desacomodam o pensar da realidade de cada um.

 

Após o encerramento das mesas, ficamos com o sentimento de que foi um dia de trabalho muito produtivo. Em que temas envolventes, complexos e repletos de singularidade foram trazidos por todos que puderam de alguma forma participar do nosso evento.

 

A importância do grupo, da fraternidade vivenciada no contexto da formação analítica nos faz pensar que, na prevalência da libido amorosa, todos ganham. Devemos buscar compreender no espaço íntimo de nossas análises o surgimento das rivalidades e condutas destrutivas, para que estas não prevaleçam e não ocupem o lugar importante do livre pensamento, do clima amistoso, da ética e do respeito às diferenças no convívio necessário as relações humanas.

 

Foi desta maneira, com trocas de ideias, clima afetivo e momentos de confraternização que se deu nosso regional. Afinal de contas, além da teoria e técnica, é deste espaço construtivo e amoroso que depende o Futuro da Psicanálise.

Bruna da Cunha Fernandes

Conselheira da ABC da Região Sul

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